Chega ao Brasil a polêmica rede social “Second Love”

20 / 05 / 11

A porta-voz da empresa afirma que o objetivo do site não é incentivar a traição

A rede social Second Love chegou ao Brasil nesta semana no mesmo clima das festas em que “elas não pagam”. Focada em usuários que estão em um relacionamento mas buscam um “segundo amor” ou simplesmente uma aventura extraconjugal, a rede social, vista por muitos como um site para encontrar amantes, é gratuita para as mulheres, mas os homens têm que pagar para ter um perfil. “Tal como na vida real, em que em algumas discotecas existe a Ladies Night, nós decidimos fazer o mesmo modelo de negócio. Nós utilizamos esta estratégia nos outros países e funciona muito bem”, disse ao Terra a porta-voz do site para o Brasil, Anabela Santos. E parece que a estratégia surtiu efeito: os homens são realmente atraídos a participar da rede. De acordo com a empresa, na Europa, a proporção de usuários é de sete homens para cada três mulheres.

Fugindo de qualquer tipo de polêmica, a porta-voz da empresa afirma que o objetivo do site não é incentivar a traição. “O objetivo é oferecer uma plataforma virtual online para pessoas que já estejam em uma relação e estejam à procura de outras pessoas para flertar, para terem mais atenção ou eventualmente para conhecer pessoalmente, se essa for a sua vontade. Muitas das pessoas que têm um relacionamento de longa duração têm necessidade de escapar da rotina e da monotonia que possam ter na sua relação atual.”

Para os críticos do serviço, a porta-voz diz que “ninguém é forçado” a se cadastrar. “Não podemos nos esquecer que as pessoas se cadastram por variadas razões, algumas pelo flerte, outras para obter a atenção que já não têm do parceiro. O flerte acontece em todo lugar, e nós o trouxemos para o mundo online”, afirma. Segundo ela, o que diferencia o Second Love de outras redes sociais como Orkut ou Facebook é o objetivo de quem procura o site. “As outras redes sociais são baseadas em conexões de amigos uns com os outros. No Second Love nós nos focamos nos usuários que querem conhecer novas pessoas que se encontrem na mesma situação: mulheres e homens que estejam casados, ou num relacionamento, e desejam viver uma aventura ou um namoro online com pessoas que estejam em condições similares para quebrar a rotina do casamento”, diz a porta-voz.

Quem procura um site desse tipo provavelmente não vai querer que o parceiro ou a parceira descubra. E o modo de funcionamento da ferramenta contribui para manter o sigilo. “O usuário poderá comunicar-se anonimamente com os outros usuários sem utilizar o seu nome real. Os usuários têm também a opção de colocar uma foto privada e somente mostram a quem lhes interessar enviando-lhes uma senha de acesso”, afirma Anabela. Além disso, todas os perfis e fotografias são verificados manualmente pela equipe do site. Imagens consideradas “indecentes” são imediatamente apagadas.

Lançado em 2008 na Holanda, o site está presente também na Bélgica, Portugal e Espanha, tem mais de 200 mil usuários cadastrados e vem crescendo, em média, 60% ao ano. O Brasil foi escolhido para ter uma versão própria do site porque o brasileiro “é um povo mais aberto e receptivo a novidades”, segundo comunicado da empresa. Os responsáveis pela rede acreditam que o País será o mercado com o crescimento mais rápido do site, levado tanto pela densidade populacional quanto pelo crescimento da economia e pelo aumento de usuários de internet.

No Brasil, por enquanto, o site está apenas em uma primeira fase. Até o fim de junho, a rede social estará apenas realizando o cadastro dos usuários interessados para formar uma base de dados. Somente a partir de 1º de julho os usuários à procura do seu “segundo amor” poderão utilizar todas as funcionalidades da rede social.

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