Dólar chega ao menor valor em 12 anos. Veja como aproveitar!

03 / 07 / 11

Só em maio, o aumento no poder de compra e o dólar barato fizeram com que R$ 2,65 bilhões fossem deixados em terras estrangeiras

As férias de julho chegaram. E, com elas, o tempo de descanso, de diversão e de conhecer lugares novos. Na mala de volta, além das mil e uma fotos, lembranças e presentes de todos os tipos. O dólar atingiu nesta semana o menor valor em 12 anos. Isso tem contribuído para que os brasileiros viajem ao exterior e, também, gastem muito mais fora do Brasil.

Só em maio, o aumento no poder de compra e o dólar barato fizeram com que R$ 2,65 bilhões fossem deixados em terras estrangeiras. Um aumento de 45% em relação ao mesmo mês em 2010.

No entanto, para não ter uma supresa tão inesquecível quanto os dias de passeio, é preciso saber comprar para fazer um bom negócio. Conhecer regras e tarifas para as “lembrancinhas” não é mero detalhe. De acordo com a Receita Federal, há limite de valor e de determinados tipos de produtos para a bagagem de volta.

O turista que sai do Brasil pode retornar com até R$ 780 (US$ 500) em mercadorias livres de taxas. Caso passe esse valor, os impostos são cobrados sobre o excedente.

Isentos

Se você pensa em aproveitar a viagem para renovar o guarda-roupa, aproveite – roupas e outros acessórios de uso pessoal são isentos de tributos. Também é hora de aproveitar a oportunidade e investir naqueles livros que por aqui custam uma fortuna e ampliar a biblioteca, para finalmente colocar a leitura em dia – livros, jornais e revistas podem vir na bagagem sem qualquer tipo de tributo.

O sinal fica amarelo quando o desejo é por aquele vinho ou uísque com o “preço tão bom” , alerta Antônio Vicente Graça, diretor da Anefac (Associação dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

– Bebidas alcoólicas e eletrônicos são os produtos mais fiscalizados nos aeroportos. E o maior imposto é o das bebidas. É possível trazer até 12 litros sem pagar taxas, o que é considerado para consumo próprio. Mais do que isso, é preciso fazer declaração.

Cigarros, charutos e cigarrilhas, assim como os souvenires também possuem limite de quantidade – sem taxa extra, é possível trazer 10 maços de cigarros com até 20 unidades de cada, 25 charutos e 20 unidades de pequenos presentes, desde que não haja mais de dez do mesmo modelo.

Dicas

Graça orienta os turistas para que façam boas compras no exterior. A primeira dica, diz ele, é resolver ainda no Brasil o que quer trazer de fora.

– Veja bem o modelo e a marca do produto e faça uma pesquisa de preço. Depois que voltou, não há mais como trocar e já é tarde para reclamar.

Se for comprar mais de um par de tênis ou relógio, orienta o diretor da Anefac, volte usando um e traga o outro na mala. O mesmo vale para as roupas – fazer uma mala com o básico é regra para quem pretende trazer as últimas novidades da moda lá de fora.

No caso das máquinas fotográficas, nada de ficar esperando chegar aqui para usá-la. Tire muitas fotos, e, se possível, mande o manual para casa pelos correios. Isso vai caracterizar a máquina como usada e fará você fugir de mais uma despesa.

Formas de pagamento

Após a alteração das tarifas e do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para os cartões de crédito fora do país, a melhor forma de pagamento das compras no exterior é o cartão pré-pago – com tarifa de 0,38% contra 3,68% do cartão de crédito – e o travel check.

É possível abastecê-los com até R$ 1.560 (US$ 1.000). Caso volte com algum valor restante, basta retornar à casa de câmbio para pegar o valor com a cotação do dia. Além disso, é possível fazer a recarga pela internet e controlar a fatura por e-mail – por isso, o meio preferido de pagamento pelos adolescentes, segundo levantamento feito pela Confidence Câmbio.

Porém, é preciso tomar cuidado e levar alguma reserva em dinheiro ou o cartão de crédito como segurança, já que não é em todo lugar que se aceita esses métodos, avisa Graça.

– Estados Unidos, Canadá, França e Inglaterra aceitam. Para os outros países é preciso verificar no site do consulado antes da viagem.

Cartões de débito também são boa moeda de troca, já que o débito será feito na cotação do dia dia e garantirá que o consumidor não tenha surpresa quando voltar para casa.

Dinheiro de volta

Em alguns países, são cobrados dois tributos sobre os produtos adquiridos: o local e o federal. Porém, ao retornar para o país de origem o turista pode ter de volta o valor do imposto federal, segundo Vicente Graça.

– É o caso do Canadá. No próprio shopping center onde ele [turista] comprou o produto, há um lugar para pegar esse valor de volta em dinheiro. Para isso, basta apresentar o passaporte, a nota da compra e a passagem de volta.

E ele ainda acrescenta: esse benefício é dado para qualquer tipo de gasto, como hospedagem transporte e alimentação, e não apenas com as compras. Vale a pena ficar atento.

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