Cai percentual de consumidores endividados em Maceió

14 / 09 / 11

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Pesquisa lançada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL), por meio do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), em parceria com o Banco do Nordeste, avalia como favorável a situação de endividamento do consumidor maceioense. Em setembro, 81,7% dos consumidores entrevistados contraíram alguma dívida, contra 83,31%, em agosto, e 84,1%, em julho.

De maio até o momento, a média alcançou 83,3%, ou seja, um pouco superior ao resultado registrado em setembro, significando que o nível de endividamento está caindo. O percentual de consumidores com algum tipo de dívida atrasada se elevou novamente em setembro, passando de 32,6% para 38,9%. Interrompendo uma sequência de queda iniciada em maio.

Em maio, 52% dos consumidores tinham algum tipo de dívida atrasada. Esse percentual caiu para 39,3% e 38,4%, entre junho e julho, respectivamente, e voltou a declinar em agosto alcançando seu menor resultado até o momento, 32,6%. A elevação no mês de setembro pode está associada ao volume de compras realizadas para os dias dos pais, quando o comércio verificou uma elevação grande nas vendas.

Por outro lado, o índice de inadimplência caiu em setembro de 6,7%, registrado mês passado, para 5,9% dos consumidores consultados pela pesquisa. O índice se refere ao percentual de consumidores que apresentam dívidas com mais de 90 dias em atraso. O resultado deve ser comemorado, pois traz tranquilidade aos setores de comércio e serviços e indica que os consumidores estão se comprometendo a honrar seus compromissos financeiros dentro do tempo considerado normal em termos de prazos de pagamento, ou seja, três meses.

De acordo com a pesquisa, o percentual da renda dos consumidores comprometido com dívidas tem apresentado uma trajetória de elevação desde julho. Para o mês de setembro verificou-se um aumento de 0,3 pontos percentuais (p.p) em relação ao mês anterior. O comprometimento da renda familiar com dívidas alcançou 35,4%. Entretanto, abaixo ainda da média entre os meses de maio a setembro de 34,9%. O recomendável é que as despesas mensais com dívidas não ultrapassem 30% da renda líquida do consumidor com dívidas.

Para o IFEPD, esse movimento ainda não é preocupante, mas os consumidores devem ficar atentos para que não comprometam mais suas rendas líquidas (quando descontados os impostos e demais deduções) com a captação de dívidas, principalmente para financiar aquelas despesas que podem ser adiadas.

O ideal é fazer as contas, somar todas as dívidas que estão programadas para vencer nos próximos meses e calcular o quanto essa soma participa no total da renda líquida. O consumidor deverá replanejar os gastos e liquidar as dívidas com encargos financeiros mais elevados para trazer o nível de endividamento para o percentual aceitável, ou seja, 30% ou menos do total da renda líquida.

PRODUTOS E SERVIÇOS – Conforme a pesquisa, os itens de despesas que mais endividam os consumidores são: supermercados (43,9%), vestuário (30,3%), habitação (20,5%), educação (19%), eletroeletrônicos (18,8%), tratamento de saúde (17,1%), veículos (14,4%) e eletrodomésticos (13,9).

Os cartões de créditos continuam liderando o ranking de responsável pelo endividamento do consumidor com 78,8% de utilidade. Em agosto, esse percentual foi de 73%. O financiamento participa com 21,9% das modalidades de endividamento. Seguido dos empréstimos pessoais (13,5%), carnês de loja (10,9%), cheque especial (6,3%) e cheques pré-datados (2%).

O perfil dos prazos de endividamento é de curto e médio prazo, ou seja, 55% dos pesquisados tem dívidas com prazo entre três meses e um ano. 32,6% mais que um ano e 12,4% menos de três meses. Pouco mais de 35,1% dos consumidores tem dívidas com valores entre R$ 500 e R$ 1.000; 23,3%, entre R$ 1.000 e R$ 1.500; e 14%, até R$ 500. Acima de R$ 1.500, o percentual de endividados alcança 27,5%

Em relação ao mês de agosto, o consumidor da capital alagoana conseguiu aumentar o prazo das dívidas e o percentual de endividamento acima de R$ 2.000 aumentou, podendo ser um reflexo da situação favorável ao crescimento do crédito no país e do aumento da expectativa de confiança do consumidor em relação à economia brasileira.

A pesquisa completa está disponível para consulta no site http://www.fecomercio-al.com.br/ifepd/

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