Organizador esclarece incidente no Festival

18 / 09 / 11

João Kepler, um dos organizadores do Maceió Music Festival (MMF), pediu desculpas aos feridos sobre o incidente que ocorreu na rampa de acesso ao camarote do evento

O empresário João Kepler, um dos organizadores do Maceió Music Festival (MMF), prestou esclarecimentos, na tarde deste domingo (18), sobre o incidente que ocorreu na rampa de acesso ao camarote do evento. Em um texto publicado em seu blog, Kepler lamenta o ocorrido, pede desculpas aos feridos e reconhece que o incidente ofuscou o sucesso do festival.

No entanto, ele deixa claro que em nenhum momento se omitiu das responsabilidades e que vai continuar realizando eventos desse nível em Maceió. Kepler agradeceu os parceiros e disse que o MMF foi um sucesso total, ofuscado apenas por esse incidente. “Foram duas noites de shows foram marcadas pela ‘felicidade’ estampada nos rostos das pessoas presentes”, afirmou o empresário.

Ele reclamou das informações publicadas sobre o incidente. “Passado o susto, a festa continuou e outras notícias maldosas foram sendo inventadas nas Redes Sociais”, desabafou o empresário, que foi um dos donos dos cartões de compras Credix. Leia a seguir o texto ‘Quando o Detalhe ofusca o sucesso!’, assinado por João Kepler e publicado em seu blog, na internet, no endereço: http://joaokepler.blog.br/.

“Posso dizer que sou um cara arrojado, empático no sentido que gosto que minhas coisas sejam feitas para que os outros sintam-se bem e sou altamente determinado em meus objetivos. Em tudo o que faço procuro sempre essa equação e não foi diferente no evento Maceió Music Festival, que aconteceu neste último fim de semana, 16 e 17 de Setembro.

Eu, em parceria com a GA Produções e mais 2 outros sócios decidimos no início do ano desenvolver um projeto diferente na área musical que pudesse agradar todas as idades e gostos. Para isso, teríamos que investir muito forte em atrações, estrutura, segurança e muitos outros pontos, para que o evento fosse inesquecível. E ISSO FOI FEITO!!

Para a grande maioria das pessoas que compareceram o evento, o que ficou marcado foi a felicidade, o espaço diferenciado, pelos diferentes serviços propostos como: gastronomia, esportes radicais, tenda eletrônica, boa Estrutura com amplo espaço, 3 palcos, 8 atrações a nível nacional e 6 artistas locais e 6 DeeJays de renome. Enfim, tudo muito harmonioso e estruturado para fazer uma festa extraordinária.

O primeiro dia foi incrível, tudo funcionou bem, diversos elogios, as atrações deram um verdadeiro show para o público e a grande maioria saiu do evento de “alma lavada” com a sensação de ter acabado de participar de um mega evento organizado.

No segundo dia foi igualmente incrível com os fãs enlouquecidos e os artistas instigados para animar o público. Mesmo debaixo de muita chuva, ninguém arredou o pé da frente do palco. A grande maioria do público saiu extasiada com evento, dava pra ver no brilho nos olhos.
Mas tivemos um problema: o DETALHE. (que me refiro no título deste post)

No primeiro dia, sexta feira, tivemos um problema com o atraso para iniciar os shows por conta de problemas com os geradores de luz e com a passagem de som, com isso, atrasamos a abertura dos portões prevista para as 18hrs e isso fez com que uma banda local Palhaço Paranóide não terminasse seu show em função do horário exigido de uma artista Nacional, a Maria Gadú que tocava na sequência.

No segundo dia, sábado, a chuva não nos deu trégua e alguns momentos chovia torrencialmente e isso fez com que (no momento no show do Diogo Nogueira) as pessoas procurassem simultaneamente abrigo, o que acabou por fazer um gargalo na escada de acesso ao camarote que com o sobrepeso parado em cima, infelizmente acabou cedendo e caindo.

Nossa equipe, (eu inclusive) estava no local no momento, procuramos ajudando as pessoas a sair do buraco da queda e isso foi sendo feito, levando as pessoas até a enfermaria que estava equipada para os primeiros atendimentos. O corpo de bombeiros (que estava presente no local) nos ajudou muito e conseguimos atender aos poucos que reclamavam de algumas dores ou arranhões. As pessoas foram sendo liberadas, algumas inclusive voltaram a curtir os shows e os que apresentavam dúvidas quanto a saúde, foram encaminhadas via ambulância para o hospital. NADA de mais GRAVE com as pessoas! Porém, em nenhum momento arredamos o pé do local, ficando a postos para as decisões e respostas para toda a imprensa e público ali presente no local.

Pois é! Estávamos diante e lidando com uma fatalidade, mas que refletia diretamente na nossa organização e estrutura terceirizada montada. Para evitar maiores riscos, decidimos (juntamente com os fiscais, polícia militar e corpo de bombeiros), para segurança de todos, interditar todo o camarote.
Por conta da interdição, essas pessoas ficaram abrigadas no ambiente que também pertencia ao camarote chamado de Front Stage, (em frente ao palco) e o show continuou até para a segurança de todos e das demais pessoas não envolvidas no episódio.
Mas João, você está chamando a queda de uma escada de aproximadamente 1.80 de altura, onde pessoas desabaram juntas de DETALHE, Sim e Não, SIM porque, não só esta mesma escada, mas como toda a estrutura da empresa especializada, estava liberada (pela fiscalização) para atender o público do sábado que era o mesmo da sexta e não aconteceu nenhuma ocorrência neste sentido. A ESCADA de ACESSO a parte de cima do camarote não suportou a carga de muitas pessoas (mais de 35) aglomeradas (paradas) em cima ao mesmo tempo, tentando passar para subir para se livrar da chuva. E NÃO, porque envolveu riscos a vidas humanas que estavam ali na escada que tivemos que usar nossa força de contingência (que existia e estava preparada) para socorrer.

Bem, é claro que com o advento das Redes Sociais e SmartPhones, tudo vira público em tempo real e foi isso que aconteceu. As fotos do “buraco” (esta imagem ao Lado) do acidente foram publicadas e as pessoas começaram a propagar notícias negativas e deturpadas naquele momento. O que confundiu até quem estava lá se divertindo e não tinha percebido nada (porque o incidente foi localizado).

Passado o susto, a festa continuou e outras noticias maldosas foram sendo inventadas nas Redes Sociais, como: “caiu o camarote”; “incêndio na tenda eletrônica”; “morreu gente”; entre outras coisas que graças a Deus, de fato, não aconteceu. Mas isso gerou BUZZ na internet.

Bem pessoal, todos que se envolveram diretamente, tem direito de reclamar do ocorrido, mas ninguém pode nos chamar de desorganizados, desatenciosos ou irresponsáveis. Preparamos uma festa linda, como 2 dias de muita animação, público lindo, ambiente confortável, segurança reforçada, sem brigas e com momentos felizes que vão ficar pra sempre a memória das pessoas que ali estiveram.

Claro que para produção do evento, um incidente como este, acaba a festa literalmente, principalmente pra mim que sou preocupado e empático, me colocando no lugar de algumas pessoas que deixaram de curtir o evento (sábado) na sua integridade. Por conta disso e por respeito ao público, a produção vai soltar uma nota oficial do evento.

Sem minimizar as coisas, deixo aqui a verdade dos fatos, meu desabafo pessoal e a minha satisfação pessoal a sociedade, amigos e parentes.
Agradeço as centenas de mensagens de apoio e suporte que recebi ontem a noite dos amigos conhecidos e desconhecidos, de perto ou de longe, que estavam lá ou não, que bombardearam as Redes Sociais com posts de apoio e notícias verdadeiras sobre o episódio, sobre o corpo de bombeiros, sobre a nossa equipe médica de plantão, a equipe de segurança. A imprensa em geral nos deu espaço imediato para falar sobre o que tinha ocorrido.
Para as pessoas de bom senso e amigos, peço a devida defesa pública do evento MMF, aos demais peço respeito com os verdadeiros fatos. (sem recriminações desnecessárias ou deturpação do que realmente aconteceu). As pessoas que sofreram de alguma forma (direta ou indiretamente), e aquelas as quais eu ainda não tive ainda a oportunidade de pessoalmente no local de prestar meu devido apoio e pedido de desculpas, fica aqui este registro.

Mas quero por fim dizer que continuo firme no propósito de continuar fazendo e participando de eventos diferentes e estruturados em Maceió. Vamos mudar este conceito de que Alagoas é a “terra da síndrome do caranguejo” onde as pessoas (parte da sociedade) procuram sempre “derrubar” e “falar mal” dos que, de alguma forma, procuram fazer alguma coisa pela cidade ou pelo Estado”.

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