Policiais envolvidos com clonagem de cartão

23 / 07 / 12

Operação prende 20 acusados e cumpre mandados busca e apreensão expedidos pelos juízes da 17ª Vara Especial Criminal

Ao menos dois policiais civis estão entre os 20 presos da “Operação Clone”, desencadeada hoje pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual (MPE), para combater um grupo especializado em falsificar documentos e clonar cartões de crédito em Maceió.

Foram cumpridos 25 mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pelos juízes da 17ª Vara Especial Criminal. De acordo com o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, a quadrilha faturava algo em torno de R$ 500 mil por semana, com retiradas e compras em nome de terceiros.

Até o final da manhã, cerca de 10 pessoas tinham sido presas na ação que contou com a participação de integrantes da Força Nacional, da Seção Anti-sequestro, da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

A operação “Clone” foi deflagrada no início da manhã desta segunda-feira (23). As equipes da polícia e do Gecoc estiveram no bairro do Trapiche da Barra, numa residência que era apontada como local da clonagem dos cartões. O dono da casa, identificado como Carlos Eduardo Vieira de Almeida, vulgo “Dudu”, considerado um dos cabeças do grupo, foi preso. Na casa dele, a polícia recolheu quatro computadores.

Enquanto isso, outra equipe da polícia e do Gecoc cumpria mais um mandado, dessa vez no conjunto Rui Palmeira, no bairro da Serraria. Na residência invadida, novos acusados de participação na quadrilha foram presos, entre eles João Rezende. Nesse local, foram apreendidos vários computadores e oito automóveis, entre eles taxis com placas de outros Estados, como Minas Gerais e Pernambuco.

Todo o material recolhido e os carros apreendidos foram levados para a sede do MPE, no bairro do Poço, onde vão permanecer à disposição da Justiça. Além de carros e equipamentos de informática, alguns objetos de luxo se destacavam entre o material apreendido, como um Jet-Sky e uma moto esportiva.

O promotor do Gecoc Alfredo Gaspar de Mendonça, que participou ativamente da operação, disse que os trabalhos estão apenas no começo. “Estas prisões e apreensões são apenas o início do desmanche desse esquema. Muita gente ainda será presa assim como novos equipamentos serão recolhidos e pistas encontradas”, disse.

Alfredo Gaspar confirmou que dois policiais civis estão entre os envolvidos no esquema de clonagem de cartões. A quadrilha tinha um faturamento alto, algo em torno de R$ 2 milhões por mês, mas os valores dos prejuízos causados às vítimas ainda não foram divulgados.

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