Cláudia Amaral se diz preparada para comandar a OAB/AL

19 / 10 / 12

No Conversa de Botequim, procuradora candidata à presidência respondeu perguntas dos adversários

Foi em um clima de descontração entre advogadas, advogados e imprensa que o jornalista Plínio Lins conduziu o bate-papo com Cláudia Amaral, na noite de quinta-feira (18/10), durante a Conversa de Botequim. A candidata à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas pelo Movimento Nossa Ordem é Outra, foi a primeira a participar do encontro, onde teve a oportunidade de falar sobre sua candidatura, transparência na campanha, propostas para o pleito e sobre a atual situação da advocacia alagoana.

O Movimento Nossa Ordem é Outra, segundo Cláudia Amaral, surgiu da inquietação de advogados, que insatisfeitos com a condução do processo eleitoral da OAB e com as quatro candidaturas já expostas, resolveram repensar a advocacia alagoana. “O grupo de advogados começou a repensar a OAB em Alagoas e a discutir alternativas para oxigenar a entidade. Depois de amadurecerem a ideia chegaram ao meu nome e no nome do advogado militante Luiz Carlos Almeida para a vice-presidência”, contou. “Não é um projeto pessoal meu ou de Luiz Carlos, foi um movimento ascendente, onde representamos um grupo, suas propostas e ideais”, completou.

Questionada sobre deficiências da atual gestão, Cláudia Amaral, pontuou pontos positivos e negativos. “Não somos hipócritas em negar algumas conquistas da atual gestão, a exemplo do início das obras da nova sede, mas a OAB além de uma entidade de classe é também uma instituição que contribui para remodelação permanente das instituições democráticas, ou seja, poderia ter feito muito mais”, disse.

Para Cláudia é necessário resgatar a autoestima da advocacia alagoana. “O advogado em Alagoas não se identifica com seus colegas de classe, não se sente em pé de igualdade em um tribunal na presença de um promotor e juiz”, afirmou. “A OAB deveria funcionar como uma mãe, capacitando e apoiando os advogados para que eles tenham condições de se sentirem em pé de igualdade. Para dimensionar a ausência da Ordem, principalmente em pequenos escritórios, é importante destacar que em algumas de nossas visitas ao Edifício Brêda, por exemplo, muitos advogados afirmaram que sequer recebem email e boletins internos da OAB”, completou.

Propostas

Pontuar os problemas e apontar as soluções. Foi assim que Cláudia Amaral apresentou algumas de suas propostas do Plano de Gestão aos convidados presentes. De acordo com a candidata, o sistema de gestão da chapa é baseado em projetos inovadores que resultam de cinco pilares fundamentais: prerrogativas, cidadania, benefícios para os advogados, aperfeiçoamento jurídico e gestão estratégica.

“Para garantir as prerrogativas da classe é preciso capacitar os advogados, principalmente os iniciantes, com cursos e aperfeiçoamento jurídico, firmando convênios com grandes universidades e aliando-se ao Conselho Federal para criar, em nível nacional, um mestrado profissionalizante para a advocacia”, disse. “É fundamental a construção de uma biblioteca na OAB, pois os estudantes e advogados em suas construções de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e teses apelam para as bibliotecas das faculdades. Precisamos também resgatar o clube da OAB, com programações culturais, valorizando os artistas da terra, estimulando a integração na classe. Nosso clube é palco de shows de atrações nacionais e o advogado não tem nenhum benefício em relação ao restante dos consumidores. Além de convênios com planos de saúde e previdências privadas, entre outras ações que pretendemos implementar”, destacou.

Como mandava o figurino, Cláudia Amaral respondeu às perguntas enviadas por representantes de Rachel Cabús, Thiago Bonfim e Marcelo Brabo. Além de perguntas sobre propostas, Cláudia foi questionada por um dos candidatos, se caso eleita, se afastaria ou manteria o exercício como procuradora de Estado. “Com certeza me afastaria do ofício de procuradora para me dedicar à Ordem. A lei me dá condições legais para isso. O procurador de Estado é um advogado também, a diferença é que sou advogada pública de um cliente só, o Estado”, afirmou.

Amaral destacou ainda, que o fato de ser mulher não lhe dá vantagem no processo eleitoral. “Não basta só o fato de ser mulher, eu procuro fugir desse discurso sexista. Creio que o que deve ser levado em conta é o meu histórico profissional e a militância em prol da advocacia e da construção de uma sociedade melhor”, afirmou.

Transparência

Plínio Lins destacou a divulgação pioneira dos custos com a campanha do Movimento Nossa Ordem é Outra e perguntou à Cláudia se os R$ 27 mil eram suficientes para uma campanha de entidade de classe como a OAB. “Avaliamos que é suficiente, pois nossos os advogados que acreditam nas nossas propostas não compactuam com festas, almoços e jantares como forma de convencimento. Nossos gastos são com material de campanha, como adesivos, folders, comunicação visual e camisas”, disse.

Indagada pelo jornalista sobre os candidatos adversários e possíveis financiadores políticos de suas campanhas, Cláudia Amaral foi enfática e disse poder não afirmar algo sem ter conhecimento. “Seria irresponsabilidade minha afirmar algo que não sei. Posso afirmar com certeza que nossa chapa não tem envolvimento com política partidária e financiamentos de grandes escritórios”, disse.

Serviços:

Movimento Nossa Ordem é Outra

Presidente: Cláudia Amaral

Vice-presidente: Luiz Carlos Almeida

Comitê: Avenida Álvaro Otacílio, 3195, 1º andar. Jatiúca

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