Explosão na Deic: autos são devolvidos à comissão

22 / 02 / 13

Dados serão reunidos com o laudo da Polícia Federal, que ficou responsável pela perícia pós-explosiva

A Comissão de Inquérito Policial que investiga a causa da explosão ocorrida no prédio da Divisão Especial de Investigação e Capturas, pertencente ao Departamento de Recursos Especiais (DRE) da Polícia Civil, no último dia 20 de dezembro, se reuniu com o professor Humberto Barbosa, do Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat), da Universidade Federal de alagoas (Ufal), para tomar conhecimento das conclusões sobre possíveis interferências climáticas como causa do incidente.

O professor entregou um relatório em que define a inexistência de raios no dia em que houve o sinistro. Além disso, os resultados apontados pelos dados do Laboratório de Análise de Processamentos de Imagens de Satélites (Lapis), do qual Humberto Barbosa faz parte, demonstraram que a temperatura e umidade verificadas não fugiam do comum.

“Foram constatadas a temperatura alta, de 30º C, e a baixa umidade do ar, de 50%, no final da tarde, indicando uma situação meteorológica de verão em Alagoas”, conclui o professor.

Conforme o delegado Carlos Reis, presidente da Comissão encarregada de apurar o caso, a ajuda do laboratório foi solicitada porque o Lapis é referência no estudo de descargas atmosféricas no país.

“A comissão quer entender qual o fator que deu ignição aos explosivos do DRE e para isso contamos com a ajuda do aparato tecnológico disponibilizado pela Ufal. Queremos questionar se houve alguma causa meteorológica para o incidente e por isso pedimos a análise de questões de temperatura, umidade relativa do ar e as descargas atmosféricas”, disse Carlos Reis.

“Estamos explorando todas as hipóteses que possam ter provocado a ignição dos explosivos que estavam historiados: as possibilidades de problemas elétricos, as falhas humanas e temperatura são parte delas”, acrescenta o delegado Robervaldo Davino, também integrante da comissão.

O delegado Medson Maia, outro integrante da Comissão, esteve presente à reunião na Universidade. “Estamos procurando esgotar todo e qualquer aspecto que possa ter ocasionado a explosão”, acrescentou.

Os dados serão reunidos com o laudo da Polícia Federal, que ficou responsável pela perícia pós-explosiva do DRE.

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