Criminalística integra serviços de perícia na busca de provas

06 / 07 / 15

Núcleo de documentoscopia é um dos mais acionados para realização de exames de laboratórios

A polícia encontrou na zona rural do município de Murici, o corpo de um homem não identificado, vítima de arma branca. Após a constatação do homicídio, o local foi isolado e a equipe do Instituto de Criminalística foi acionada para desempenhar um papel fundamental nas investigações: encontrar vestígios e provas que indiquem a autoria do crime.

Os especialistas em segurança pública afirmam que não existe crime perfeito e o assassino sempre deixa rastro por onde passa. E nessa data especifica, a perita Suely Mauricio conseguiu encontrar e recolher na cena do assassinato vários vestígios, entre eles, garrafas de bebida e copos utilizados supostamente pela vítima e acusado e que continham materiais biológicos e papiloscópicos.

Segundo a perita Milena Testa, do Núcleo de Documentoscopia do IC responsável por vários exames em laboratório, os peritos criminais sempre atuam em conjunto, analisando os vestígios por meio de exames específicos e debatendo sobre cada minúcia encontrada.

“Sobre este crime recebemos a solicitação da perita que esteve no local para realizarmos vários tipos de exames. Reunimos a nossa equipe com o perito Ken Ichi Namba do Laboratório de biologia e conseguimos fazer o levantamento de microvestígios biológicos e papiloscópicos no material. Por isso a importância de sempre trabalhar de forma integrada.” disse Milena.

Márcia Yanara e Rosana Frota, também do Núcleo de Documentoscopia do IC, destacaram que no caso das impressões digitais, a coleta papiloscópica é um trabalho minucioso onde se precisa de muita atenção e cuidados para localizar as marcas deixadas, pois elas podem desaparecer com o tempo.

“Usamos a técnica do olho nu e uma lupa especial para achar os fragmentos de digitais, após isso, aplicamos um pó revelador e coletamos a digital a qual é encaminhada para pesquisa no banco de dados do AFIS Criminal,” explicaram as peritas.

De acordo com a perita Lidia Tarchetti esse trabalho integrado, desenvolvido pelas equipes de perícia externa e interna do Instituto de Criminalística, vem aumentando a produção de laudos mais qualificados e que contribuem categoricamente para as investigações de vários crimes no Estado. “Essa parceria acontece também com os outros órgãos da Perícia Oficial. Depois de coletada, enviamos as digitais para o Instituto de Identificação para serem examinadas pelo papiloscopista Antônio Murilo Vieira Góes”.

Ken Ichi Namba do Laboratório de biologia confirmou que neste exame preliminar, também foi encontrado material biológico nas garrafas. “Ele foi encaminhado para a gerência de laboratório onde estou preparando o laudo de hematologia para confirmação ou negativa de sangue. Se der positivo, o DNA deverá ser comparado com o do suspeito”, explicou.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *