Dia da Independência tem desfile e protesto

07 / 09 / 15

Movimentos sociais e pastorais católicas realizaram o Grito dos Excluídos.

Milhares de pessoas assistiram aos desfiles de 7 de Setembro pelo país. Em algumas capitais o Dia da Independência foi marcado por protestos.

Em Porto Alegre, o desfile terminou mais cedo porque policiais civis e militares não participaram, em protesto contra o parcelamento dos salários dos servidores públicos estaduais. O governador José Ivo Sartori, do PMDB, acompanhou o desfile.

No Rio de Janeiro, atletas paralímpicos chamaram a atenção no desfile e teve protesto contra o governo federal. Dois homens, vestidos de super heróis, seguravam bonecos com roupas de presidiários, representando a presidente Dilma e o ex-presidente Lula.

Em São Paulo, o ritmo no Sambódromo foi das bandas militares. A estimativa é que 30 mil pessoas tenham assistido ao desfile e muita gente comemorou porque choveu na cidade.

A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, foi mais uma vez o ponto de comemoração pelo Dia da Independência. Um grupo levou faixas e cartazes para manifestar contra o governo federal.

No Recife, o desfile da Independência começou cedinho, com os alunos de escolas públicas. Bandas marciais desfilaram na Avenida Mascarenhas de Moraes.

Em Brasília, o desfile começou pouco antes das 9h. A presidente Dilma Rousseff chegou ao palanque abordo do rolls royce. Ela foi recebida com aplausos e palavras de apoio. Mas, na hora em que autorizou o início do desfile, um pequeno grupo vaiou.

Dilma assistiu ao desfile ao lado do vice-presidente Michel Temer e de ministros. As arquibancadas ficaram lotadas. Mas o acesso a área do desfile foi controlado por policiais. Placas de aço isolaram a área. Só entrou quem foi revistado. O isolamento vem sendo montado desde 2013, para evitar que manifestantes se aproximem das autoridades.

Fora da área do desfile teve protesto. Manifestantes contra o governo inflaram dois bonecos no gramado central da Esplanada. Um representando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário, que já esteve em outras manifestações e hoje surgiu um boneco da presidente Dilma com nariz de Pinóquio.

Notas falsas foram distribuídas com o rosto de Lula e Dilma e uma faixa com pedido de impeachment foi estendida. De acordo com a Polícia Militar, mil pessoas participaram do movimento.

GRITO DOS EXCLUÍDOS

Movimentos sociais e representantes das pastorais católicas também se manifestaram nesta segunda-feira (7), no Grito dos Excluídos. O lema da manifestação é ‘a vida em primeiro lugar’.

Em São Paulo, o cardeal Dom Odilo Scherer rezou uma missa na Catedral da Sé abrindo as manifestações. Um outro grupo, se reuniu na Avenida Paulista e caminhou até o Centro.

Segundo a Guarda Civil Metropolitana eram cerca de 2,5 mil pessoas. Os organizadores falam em dez mil participantes. Eles pediam melhores condições de vida, mais moradia e menos violência policial.

Em Brasília, cerca de 200 manifestantes foram à Esplanada dos Ministérios defender a democracia. Eles pediram a continuidade do governo Dilma, mas disseram ser contra o ajuste fiscal.

Em Fortaleza, os organizadores calcularam em três mil participantes na passeata que percorreu a Avenida Beira-Mar. Segundo a Polícia Militar, eram 1,5 mil. Os movimentos sociais de Belo Horizonte se reuniram, hoje, para pedir igualdade em uma praça no centro da capital e depois caminharam até a avenida onde estava acontecendo o desfile oficial.

O ato teve a participação de organizações e pastorais que lutam contra a exclusão social. Segundo a Polícia Militar, cem pessoas participaram do movimento. Segundo a PM, eram cem manifestantes em Belo Horizonte. Os organizadores falam em 500 participantes.

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