Crimes da “Gangue Sádica” não devem ser esquecidos

14 / 11 / 20

Procurador de Justiça, Coaracy Fonseca, quer resgatar a memória dos acontecimentos envolvendo o grupo criminoso

O procurador de Justiça, Coaracy Fonseca, disse, em pronunciamento público, que os crimes cometidos pela famigerada “Gangue Sádica” não devem ser esquecidos. Ele prometeu atuar num projeto para resgatar a memória dos acontecimentos envolvendo a “Gangue Sádica” – composta de jovens de classe média que praticaram inúmeras modalidades de violência sexual contra mulheres, no final dos anos 70 e início dos anos 80.

O caso veio à tona a partir de um vídeo produzido pela jornalista Maria Aparecida, no qual cita o atual vereador Davi Davino, pai do candidato a prefeito por Maceió, Davi Davino Filho (PP), como um dos integrantes da “Gangue Sádica”. Na época, o Movimento de Mulheres, tendo à frente a ex-vereadora Jarede Viana, pediu punição para os criminosos, mas nenhum deles foi punido. O caso nem chegou à Justiça.

Davi Davino foi ouvido e negou participação na “Gangue Sádica”. No entanto, segundo relato de algumas vítimas, em declarações publicadas pelos jornais da época, o pai do candidato Davi Davino Filho era um dos líderes do grupo criminoso, conhecido pelo apelido de “Diabo Loiro”. Entre as vítimas, drogadas e submetidas à rituais de sadomasoquismo, estavam jovens garotas de classe média baixa, iludidas com promessas de namoro.

Além do vídeo da apresentadora do programa “Encare os Fatos”, o caso da “Gangue Sádica”, veio à tona também por meio das mídias sociais. A notícia se espalhou entre os grupos de whatsapp a partir de um panfleto apócrifo, que circulou pela cidade, denunciando os crimes praticados pelos integrantes do grupo criminoso, entre eles o vereador Davi Davino, que é candidato à reeleição pelo PP, depois de sete mandatos seguidos.

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