Nova York aprova legalização da maconha

31 / 03 / 21

Nova York libera maconha para arrecadar US$ 350 milhões; em Alagoas comércio é de R$ 450 milhões

Senadores de Nova York aprovaram nessa terça-feira (30) proposta que legaliza o uso de maconha por adultos, fazendo do estado o 15º dos Estados Unidos a permitir o uso recreativo da droga.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse estar ansioso para sancionar a proposta e transformá-la em lei.

“Nova York tem uma história consolidada de ser a capital progressista da nação, e essa importante lei vai, mais uma vez, levar esse legado adiante”, disse ele em comunicado.

O Senado estadual de Nova York aprovou a lei por 40 votos a 23, enquanto a Assembleia votou por 100 a 49 a favor da proposta.

A decisão também foi saudada pela NORML, um grupo pró-maconha, que disse que dezenas de milhares de nova-iorquinos foram presos todos os anos por pequenas violações relacionadas à maconha e que a maioria era jovem, pobre e de cor.

“A legalização da maconha é um imperativo social e de justiça criminal, e a votação de hoje é uma passo crítico em direção a um sistema mais justo”, disse a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, também em comunicado.

ALAGOAS

Em Alagoas, o jornalista Marcelo Firmino publicou matéria em seu site, com o título “Maconha está liberada em Nova York para maiores de 21 anos”.

Leia a matéria publicada na edição de hoje do “É assim”.

Além de ser considerado um golpe contra o narcotráfico, a liberação da maconha no Estado de Nova York (EUA), aprovada nessa terça-feira, 30, vai incrementar as receitas americanas.

A expectativa do governo é que o comércio da maconha arrecade, a princípio, uma receita anual de US$ 350 milhões.

Mas, para os americanos, além dos benefícios fiscais, a medida irá reduzir a população carcerária do estado por consumo e tráfico da cannabis.

O acordo que legalizou a maconha para fins recreativos estabelece que a liberação acontecerá definitivamente a partir de 2022.

Curiosamente, o projeto que liberou a maconha é visto pelos legisladores como uma forma de reparação dos danos causados às comunidades negras e latinas, mais afetadas por décadas na guerra de combate às drogas.

Nova York soma-se a 14 estados americanos que liberaram o consumo da maconha para maiores de 21 anos.

Mas, quando os americanos citam dados da arrecadação de impostos nesse mercado, não há como não lembrar daqui, da terra alagoana, onde o consumo da erva e drogas muito mais pesadas é crescente.

E dados das autoridades estaduais revelam que as drogas movimentam em Alagoas algo em torno de R$ 400 milhões por ano.

Quem chancela esse comércio não é qualquer um. Mas os reprimidos são sempre os consumidores negros e pobres da periferia.

Os donos do negócio são intocáveis.

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