As primeiras imagens do telescópio espacial James Webb foram reveladas nesta semana, mas sua jornada de descoberta cósmica está apenas começando.
Galáxias primitivas, estrelas distantes, exoplanetas… um comitê de especialistas determinou o curso do primeiro ano de descobertas do Webb a partir de uma seleção de projetos de cientistas de todo o mundo.
As primeiras estrelas e galáxias
Um dos principais propósitos do telescópio é o estudo da fase primordial da história cósmica, pouco depois do ‘Big Bang, que aconteceu há 13,8 bilhões de anos.
Quanto mais longe os objetos estão de nós, mais tempo a luz demora para chegar. Contemplar o universo distante é olhar para o passado profundo.
“Vamos olhar para aquele tempo mais primordial para ver as primeiras galáxias que se formaram na história do universo”, explicou o astrônomo Dan Coe, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial, especializado no universo primitivo.
Até agora, os astrônomos rastrearam 97% do caminho de volta ao Big Bang, mas “só vemos essas pequenas manchas vermelhas quando olhamos para essas galáxias muito distantes”.
No entanto, isso também mudará graças ao Webb. “Enfim poderemos ver o interior dessas galáxias e do que são feitas”.
As galáxias de hoje têm a forma de espirais ou elipses. Em vez disso, os primeiros blocos eram “grumosos e irregulares”. O novo observatório deve revelar estrelas mais velhas e mais vermelhas nesses blocos, semelhantes ao nosso Sol, até então invisíveis ao Hubble, o telescópio antecessor do Webb.